A postagem de Talita incluía uma foto de Igor Cabral, acompanhada de uma mensagem de apoio à vítima: “Isso não será esquecido pelo Brasil! Acalma o seu coração! Força! Ainda mais”.
O conteúdo foi publicado após a vereadora tomar conhecimento de que não houve tipificação do crime em Natal, onde o caso está sendo julgado. Logo após a postagem, a vereadora começou a receber mensagens ameaçadoras.
Talita, no entanto, reagiu às tentativas de intimidação e seguiu fazendo publicações com fotos de Igor Cabral. “Você me ameaça porque postei foto desse marginal? Não deixarei esse sujeito cair no esquecimento de ninguém”, escreveu a parlamentar.
Depois disso, o pai de Igor Cabral, identificado como Henrique Cabral, também passou a enviar mensagens para a vereadora, exigindo que ela excluísse as imagens publicadas. Segundo os prints da conversa, Henrique impôs um prazo: “Espero que a senhora exclua a imagem até às 18h. Se ainda estiver sendo veiculado por você, ou por qualquer das advogadas da Sra. Juliana, ou por ela mesma, todas serão responsabilizadas na forma da lei”, afirmou.
Em outra mensagem, o pai declarou: “Você está brincando com fogo”.
Henrique Cabral ainda reclamou das críticas públicas feitas por Talita contra o filho, afirmando que ela não poderia chamar Igor de “marginal” sem provas. “Meu filho errou sim, e está pagando a pena e será condenado. Você é muito alterada. Não permito postagens do meu filho”.
Em um dos trechos, Henrique ainda questiona a postura da vereadora: “Muitas pessoas votaram na vereadora e não ficariam felizes com as acusações. Vejo que você é um ser muito baixo e sem nível. Siga assim, com seu desequilíbrio”.
Em resposta, Talita criticou o discurso nas redes sociais: “A mulher é sempre a desequilibrada e baixo nível, né? Suas ordens e ameaças aqui foram o quê? A justiça vai dizer”, respondeu.
Igor Cabral está preso e responde por tentativa de feminicídio. Ele foi interrogado nesta terça-feira (16) durante a audiência de instrução do caso, uma das etapas do processo, que teve início a partir da denúncia apresentada pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN). Com a conclusão dessa fase e a anexação dos laudos periciais, o processo seguirá para a apresentação das alegações finais pelas partes. Na sequência, caberá à Justiça emitir a sentença. (Tribunadonorte).
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