Ataque aconteceu na manhã desta quarta-feira (30) em Canguaretama/RN.
No começo da manhã desta quarta-feira (30), uma professora foi esfaqueada dentro da Escola Municipal Juarez Rabelo, no centro de Canguaretama, distante 73 quilômetros de Natal, na Região Agreste do Rio Grande do Norte.
Era por volta das 7h quando Fernanda Magna Pereira Santiago, de 60 anos, chegou para o início do expediente e encontrou a aluna de 12 anos acompanhada pela avó na porta da sala do 7º ano, “quando eu cheguei a escola para dar aula no primeiro horário, a avó estava com a menina na porta da sala. Dei bom dia e disse que precisava falar com ela, em seguida senti duas ‘catucadas’ no braço perto do meu ombro. Foi tudo muito rápido vi que a mulher pegou algo da mão da menina rapidamente, guardou o objeto embaixo do braço e ainda disse assim: menina deixe disso”, disse a professora em entrevista ao Portal Realidade.
A professora afirma ainda que só percebeu que era uma faca quando viu que o braço estava sangrando, “a faca era serrilhada, daquelas de cortar pão, pontiaguda e do cabo preto. Depois que vi que estava ferida fiquei desesperada disse que ia procurar a polícia”, acrescentou a professora.
A coordenação da escola foi comunicada e socorreu a professora para a Unidade de Pronto Atendimento do município. Enquanto isso, a avó deixou o local levando a menina, “ela saiu puxando a menina pelo braço, passou no portão e disse que a garota tinha furado a professora com um lápis”, lamentou Fernanda Santiago.
Ainda abalada a professora afirmou que a motivação para a agressão seria uma atividade que não foi realizada pela aluna, “no mês passado passei uma redação para os alunos da turma dela. A ideia seria eles apresentarem falando sobre a importância da história enquanto ciência. Eu disse que quem não entregasse eu iria conversar com os pais e ela não entregou, mas como a turma é grande eu não cheguei a levar o nome dela para a coordenação, tava com tanta coisa pra fazer”, disse a professora.
A professora Fernanda Magna iniciou a carreira lecionando a disciplina de história na rede municipal de Canguaretama no ano de 2005. Dois anos depois, ela foi efetivada após passar no concurso público, “em 18 anos de sala de aula nunca passei por nada parecido”, lamentou a professora que está em casa se recuperando do ataque.
Após deixar a UPA de Canguaretama, a professora foi encaminhada para a delegacia da cidade onde registrou um boletim de ocorrência. Até a conclusão desta reportagem a aluna e os pais não haviam sido localizados pela polícia.