quinta-feira, 19 de outubro de 2023

De novo: Prefeito de Campo Grande-RN novamente tem suas contas de gestão desaprovadas pelo TCE


O prefeito Bibi de Nenca teve mais uma vez suas contas de gestão desaprovadas pelo tribunal de contas do estado, dessa vez as mesmas são referentes ao ano de 2014, anteriormente o mesmo já tinha tido desaprovadas as contas relativas ao ano de 2012, o que o faria perder o mandato executivo, coisa que só não aconteceu devido há uma manobra realizada na câmara de vereadores, que aprovaram as mesmas com "ressalvas".

De acordo com análise e discussão do corpo técnico do TCE além do parecer do Ministério Público junto a esta Corte, ACORDAM os Conselheiros, nos termos do voto proferido pelo Conselheiro Relator, julgar dando PARECER PRÉVIO DESFAVORÁVEL À APROVAÇÃO das Contas Anuais de Governo da Prefeitura Municipal de Campo Grande/RN, relativas ao exercício de 2014, de responsabilidade do Prefeito Municipal à época, o Sr. Francisco das Chagas Eufrásio Vieira de  Melo (Bibi de Nenca), com base no art. 61, caput, da Lei Complementar Estadual nº 464/2012, c/c o disposto no art. 245 do Regimento Interno desta Corte. Sendo assim seguiu a instauração de processo de Apuração de Responsabilidade, em face do Chefe do Poder Executivo à época, Sr. Francisco das Chagas Eufrásio Vieira de Melo, em razão das IMPROBIDADES E IRREGULARIDADES existentes nos Relatórios de Auditoria das Contas Anuais.

O TCE Determinou a imediata representação ao Ministério Público Comum Estadual para que possa, no âmbito de suas atribuições constitucionais e legais, apurar os fatos pelos quais se emite o parecer desfavorável; onde ficou constatada após verificação as seguintes irregularidades, elencadas no Relatório de Auditoria nº 65/2019 (evento 11), referentes às ausências, na prestação das Contas Anuais de Governo em referência (exercício de 2014):

I. Não remessa, ao TCE/RN, de alguns documentos e informações exigidos pelos arts. 10 e 11 da Resolução nº 04/2013-TCE (subitens “a” a “j” do item 1 do Relatório de Auditoria);

II. Ausência do Quadro de Detalhamento de Despesas (QDD) e de leis/decretos relativos às aberturas de créditos adicionais;

III. Deficiência de arrecadação de impostos (IPTU e ITBI), além da ausência de previsão e arrecadação da COSIP;

IV. Previsão superestimada das receitas orçamentárias gerando, em consequência, insuficiência de arrecadação, indicativo de inadequação do planejamento orçamentário;

V. Não cumprimento do mínimo de 60% do FUNDEB na remuneração do Magistério; e

VI. Repasse ao Poder Legislativo superior ao montante estabelecido na LOA.

Ao gestor ainda coube a oportunidade de defesa, apresentando nova documentação com a correção dos erros apontados, contudo, o mesmo não conseguiu sanar ou comprovar todas as irregularidades imputadas, onde de acordo com a Informação Conclusiva nº 141/2022-DAM/FGO (evento 37) foram mantidas:  Não remessa, ao TCE/RN, de alguns documentos e informações exigidos pelos arts. 10 e 11 da Resolução nº 04/2013-TCE; Ausência do Quadro de Detalhamento de Despesas (QDD); Deficiência de arrecadação de impostos (IPTU e ITBI), além da ausência de previsão e arrecadação da COSIP; e não cumprimento do mínimo de 60% do FUNDEB na remuneração do Magistério.

Desse modo ficou determinada a DESAPROVAÇÃO DAS CONTAS de gestão de Bibi de Nenca, como também remetida as mesmas a câmara municipal de vereadores local para deliberação, e ainda segundo o TCE restou a determinação de imediata representação ao ministério público estadual para que possa, no âmbito de suas atribuições constitucionais e legais, apurar os fatos pelos quais se emite o presente parecer.

O Destino do mesmo novamente está na mão dos vereadores, onde o mesmo supostamente não possui mais a maioria, contudo ainda sim, o TCE cobra do MP uma ação que investigue e apure essa nova ocorrência contra o prefeito.

A máscara de gestor perfeito que o mesmo havia se atribuído em outros tempos caiu por terra nessa gestão, onde além de ter seu trabalho classificado como desastroso, ainda vê num curto período de tempo seu nome envolvido em diversos imbróglios e escândalos administrativos.

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