Um sacerdote que trabalhou nos estados da Louisiana e do
Texas foi preso na Flórida por alegações que incluem posse de imagens
de abuso infantil e sobre novas denúncias de ataque sexual no Texas. Anthony
Odiong, de 55 anos, viu o aumento das acusações enquanto questionamentos sobre
sua conduta continuam a surgir em meio a investigações em andamento.
As alegações contra o Padre Odiong vieram à tona de forma
significativa neste ano, após coberturas jornalísticas internacionais e o
aumento do escrutínio sobre suas atividades passadas. Originário da Nigéria,
Odiong acumulou uma série de cargos em diversas comunidades católicas nos
Estados Unidos, onde adquiriu numerosos seguidores e certa notoriedade dentro
da igreja.
O que levou à prisão de Anthony Odiong?
A investigação começou após o The Guardian publicar
um artigo detalhando várias acusações contra Odiong. Entre as
alegações, incluem-se a coerção sexual e o abuso financeiro, que supostamente
ocorreu ao longo de várias de suas funções eclesiásticas. Uma vítima mencionou
um incidente de 2012, o que motivou a revisão da correspondência eletrônica do
padre e subsequente descoberta de imagens perturbadoras.
Como a lei do Texas afeta o caso?
No ambiente legal texano, as interações sexuais forçadas por
figuras religiosas em circunstâncias onde a parte afetada depende
emocionalmente de seu guia espiritual são explicitamente proibidas. Fatos como
esses facilitam que novas acusações sejam feitas, ignorando a limitação
temporal habitual, quando múltiplas vítimas estão envolvidas.
Qual tem sido a resposta da comunidade eclesiástica?
Com as crescentes acusações e a atenção da mídia, a reação
dentro das comunidades eclesiásticas não demorou. A diocese de Austin baniu
Odiong de prestar serviços religiosos em 2019, decisão seguida pela
arquidiocese de Nova Orleans em dezembro de 2023. No entanto, as ações da
igreja parecem não ter sido suficientes para evitar novos casos, levantando
questões sobre como essas instituições lidam com alegações de abusos internos.
Anthony Odiong negou veementemente as acusações por meio de
uma carta aberta nas redes sociais, descrevendo-as como parte de uma “campanha
de difamação falsa”. Apesar das afirmações de Odiong, a comunidade e as
autoridades continuam a investigar o caso, preocupadas com a possibilidade de
mais vítimas não descobertas.
Atualmente, Odiong aguarda extradição para o Texas enquanto
reside sob custódia na Flórida, e a comunidade aguarda futuros desdobramentos
que irão esclarecer as muitas facetas deste perturbador caso.