domingo, 15 de outubro de 2017

Lúcio Funaro diz que Eduardo Cunha recebeu R$ 1 milhão para “comprar” votos a favor do impeachment de Dilma

O operador financeiro Lúcio Funaro afirmou em depoimento à PGR (Procuradoria-Geral da República) que repassou R$ 1 milhão para o ex-deputado Eduardo Cunha “comprar” votos a favor do impeachment de Dilma Rousseff, em 2016. Funaro disse que recebeu uma mensagem de Cunha, então presidente da Câmara, dias antes da votação no plenário, ocorrida em 17 de abril.
“Ele me pergunta se eu tinha disponibilidade de dinheiro, que ele pudesse ter algum recurso disponível pra comprar algum voto ali favorável ao impeachment da Dilma. E eu falei que ele podia contar com até R$ 1 milhão e que eu liquidaria isso para ele em duas semanas no máximo”, disse.
O jornal Folha de S.Paulo teve acesso ao depoimento prestado por Funaro à PGR em agosto deste ano. Seu acordo de delação foi homologado pelo ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal). No depoimento, uma procuradora questiona: “Ele [Cunha] falou expressamente comprar votos?”. Funaro respondeu: “Comprar votos”.
O delator disse que o valor de R$ 1 milhão acabou sendo repassado. “Consolidou esse valor?”, perguntou a PGR. “Consolidei o valor”, disse o operador, preso na Papuda. “Depois de uma semana de aprovado o impeachment, comecei a enviar dinheiro para ele [Cunha] ir pagando os compromissos que ele tinha assumido”, disse Funaro. Segundo ele, o dinheiro foi entregue em Brasília, Rio e São Paulo.

O delator deu como exemplo de deputado “comprado” o nome de Aníbal Gomes (PMDB-CE), que acabou faltando à sessão de votação do impeachment. “Tem um caso até hilário, mas um dos deputados que ele [Cunha] comprou e pagou antecipado, pelo que ele me disse, foi o Aníbal Gomes. Ele disse que tinha pago para o Aníbal Gomes R$ 200 mil para o Aníbal Gomes votar favorável ao impeachment. O que aconteceu? O Aníbal Gomes não veio no dia da votação, faltou”, afirmou Funaro. “Aí ele [Cunha] ficou louco. O cara deu a volta nele”, disse o delator.
Aníbal Gomes afirmou que as declarações de Funaro são “uma mentira deslavada”. O deputado disse que não conhece o operador e que “nunca recebeu dinheiro de Eduardo Cunha”. Aníbal afirmou que faltou na votação do impeachment porque estava em São Paulo, “operado da coluna”.

A Câmara aprovou a instauração do processo de impeachment com 367 votos favoráveis. O Senado acabou condenando a petista, que deixou o cargo no segundo semestre do ano passado.
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