As novas linhas de transmissão serão utilizadas para
auxiliar as atuais usinas geradoras de energia e ampliar as margens para
conexão de novos empreendimentos. O investimento previsto no leilão para o Rio
Grande do Norte está estimado em R$ 1,97 bilhão.
A inclusão do Rio Grande do Norte no novo leilão —
organizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) — é uma demanda
antiga da governadora Fátima Bezerra. As estruturas vão permitir o escoamento
da atual potência instalada do estado, atualmente em 24,6 gigawatts (GW).
A ampliação da atual rede de transmissão é fruto do
trabalho da atual gestão do Governo do Estado em fortalecer o setor de energias
renováveis. No entanto, a governadora Fátima Bezerra ressalta que os
investimentos em usinas dependem da chegada dos ‘linhões’ para serem
viabilizados.
Em 2023, os projetos de energias renováveis resultaram em
R$ 22,5 bilhões em investimentos no Rio Grande do Norte. Deste total, a energia
solar somou R$ 17,1 bilhões e a eólica ficou com R$ 5,4 bilhões.
“O Governo do Estado, sensível a esse processo e sabendo da
importância do setor elétrico para a economia, vem trabalhando em conjunto com
o Governo Federal para garantir essas obras de infraestrutura necessárias para
o escoamento da geração de energia”, aponta a governadora.
No leilão deste ano, o Rio Grande do Norte foi contemplado
nos Lotes 3 e 4 junto com os estados do Ceará, Paraíba, Pernambuco e Alagoas.
Entre os projetos previstos, destaca-se a linha de transmissão de 500kV, entre
Ceará-Mirim e João Pessoa (PB), com 198 quilômetros.
Segundo Hugo Fonseca, coordenador de desenvolvimento
energético da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico (Sedec), os
empreendimentos estão previstos para entrar em operação no ano de 2029. As
novas linhas serão integradas ao Sistema Interligado Nacional (SIN) e têm como
objetivo principal expandir e fortalecer a rede básica de energia elétrica do
estado. “As quatro grandes obras, nos blocos 3 e 4, garantirão a conexão de
novos empreendimentos de geração de energia no sistema elétrico nacional”,
ressaltou ele.
O leilão deste ano prevê a construção, operação e
manutenção de 6.464 quilômetros de linhas de transmissão e 9.200 MVA em
capacidade de transformação em todo o país. “A partir do leilão, esses projetos
já podem comercializar seus contratos, abrindo margem no sistema elétrico para
a conexão de novos empreendimentos”, complementou.
A iniciativa busca aumentar a capacidade de transformação e
transmissão da energia produzida por novos empreendimentos, principalmente
provenientes de fontes eólicas e solares, muitos dos quais estão em fase de
construção ou ainda aguardam a conclusão. “O planejamento adequado garante que
o setor continue em plena expansão no Brasil, dando suporte ao desenvolvimento
econômico do país com energia limpa e renovável”, encerra ele.
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