A Diretora da Escola Professora Elisa Ribeiro, fazendo uso
de seu direito de resposta, vem por meio deste esclarecer a todo público que
repudia toda e qualquer iniciativa de prejudicar ou tumultuar o desenvolvimento
do cronograma de imunização contra a COVID 19, sobretudo em nosso município. Ao
contrário, o posicionamento da representante legal desta instituição foi
justamente contra as distinções impostas pela gestão municipal que
diferenciaram e excluíram pessoas que exercem a mesma função (professores da
Educação Infantil e do Ensino Fundamental) que, conforme cronograma de
vacinação divulgado pela Prefeitura de Ipanguaçu, só previa a imunização de
professores da rede pública de ensino municipal em um primeiro momento, negando
o direito de vacinação a profissionais da rede particular, sob a alegação de
não haver doses suficientes para todos.
Dessa forma, precisávamos entender
quais foram os critérios que condiziam com o descarte de tão poucos
professores, uma vez que o município só tem duas instituições de ensino
particular. Portanto, os professores da escola da qual sou proprietária e
Diretora dirigiram-se ao local determinado para a aplicação da vacina e,
chegando lá, perceberam que com o pequeno número de pessoas que se encontrava
naquele local, seria possível receber a primeira dose do imunizante, conforme a
divulgação do cronograma exposto pela governadora do estado do Rio Grande do
Norte, em suas redes sociais.
Nossos professores chegaram ao local e foram
atendidos pela recepcionista que anotou seus nomes na lista de sequência
daqueles que seriam imunizados no dia, e ficaram aguardando sua vez. Durante
esse espaço de tempo, o local foi visitado pela secretária municipal de saúde
que, mesmo conhecendo os profissionais da nossa escola, não prestou nenhuma
justificativa sobre a segregação dos professores da rede particular em relação
ao acesso à vacina, conversando somente com a enfermeira responsável pela
aplicação da vacina. Após sua saída do local, chegou a vez de uma de nossas
professoras ser imunizada, que foi impedida pela enfermeira responsável,
causando frustração e insatisfação aos professores que, como todos os outros do
município, aguardavam ansiosamente por este momento. Outros profissionais que
também chegavam ao local se exaltaram, pois as doses que estavam à vista de
todos pareciam suficientes e disponíveis, mas não para este grupo específico de
professores das escolas particulares.
Além dessa questão, gostaríamos também de
esclarecer que eu não estava buscando a vacina para mim pois, já havia recebido
a 1a dose no dia anterior a este evento, por estar incluída no grupo de pessoas
com comorbidade. Também repudio, veementemente que a reivindicação de um
direito seja levianamente confundida com politicagem, expediente que não condiz
com nossa postura enquanto entidade educacional e que nem teria sentido nos
classificar como "adversários", uma vez que não estamos em período
eleitoral, o que está em discursão é o direito do cidadão. Se há algo vergonhoso
é a desinformação propagada por profissionais sensacionalistas, tendenciosos e
despreocupados com o que realmente importa: a verdade!
Portanto, continuarei na
briga pelos direitos da minha classe profissional. Continuarei lutando por uma
IPANGUAÇU de igualdade, de melhores serviços prestados a todos da comunidade,
continuo resistindo para que possamos viver em um lugar que valorize e atenda a
quem vive neste chão!
Ipanguaçu-RN, 07 de Maio de 2023.
SUMAIRA FONSECA SILVEIRA