Guamaré, município do litoral norte do RN com pouco mais de
12 mil habitantes, é conhecido – de um lado – por suas riquezas em petróleo,
pesca e energia eólica, que resultam em muito dinheiro na prefeitura e – de
outro – pela judicialização de suas administrações com o ‘entra e sai’ de
prefeitos e com operações policiais como a ‘Máscara Negra’ que prendeu parte do
secretariado da atual gestão.
O prefeito Hélio Miranda, do PMDB, não tinha as condições
legais para candidatar-se à reeleição este ano porque ele faz parte do mesmo
grupo familiar do prefeito que o antecedeu, Auricélio Teixeira, de quem é
cunhado. Apostou alto em teses e brechas jurídicas que seriam trabalhadas por
um grupo renomado de advogados que contratou para lhe defender na Justiça
Eleitoral. Não deu certo. Ele foi impugnado e, na semana passada, veio a ‘pá de
cal’. O Tribunal Superior Eleitoral negou um último Recurso Especial com que
ele tentou reverter decisão já tomada pelo TRE do RN.
SEGUNDO COLOCADO
A questão que se coloca agora é: quem será o novo prefeito
de Guamaré? Pelo que consta no portal do TSE (print anexo) o eleito é segundo
colocado, Mozaniel Rodrigues, do Solidariedade. Ele teve 5.294 votos, um
resultado apertado que contrapôs as previsões locais que apontavam para uma
vantagem folgada de Hélio, favoritismo que não se confirmou.
Mas o fato de Mozaniel não ter alcançado os 50% dos votos
válidos pode ser impeditivo para que ele seja empossado em primeiro de janeiro.
Decisões ainda em tramitação no TSE apontam para a possibilidade de haver uma
nova eleição no município. Se isso ocorrer, Hélio não poderá mais disputar, o
que favorece a posição de Mozaniel que surge como o novo favorito.
Enquanto isso, a população da cidade que contabiliza seus
20 milhões de reais de receitas mensais está sem saber quem comandará os seus
destinos a partir de janeiro.
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