No cargo havia 11 anos, Trukhin conhecia as mais recentes pesquisas da Rússia na área de vacinas, soros e “preparações bacterianas”. Depois que a sua família relatou o desaparecimento, no último dia 3, ele foi demitido pela Agência Federal Médica Biológica (FMBA), sob a justificativa de que agências policiais receberam um dossiê alegando seu envolvimento em esquemas de corrupção. O órgão estatal russo, que engloba o instituto que era liderado por Viktor, é responsável por garantir a segurança radiológica, química e biológica do país.
O caso contra o agora ex-chefe da vacina de Moscou gira em torno de um suposto pagamento de 4,75 milhões de libras (aproximadamente R$ 29,39 milhões) a um instituto de biotecnologia sul-americano (o país não foi especificado). Segundo informou o canal do Telegram Cheka-OGPU, a FMBA abriu um processo criminal quando “ficou claro que Trukhin pretendia deixar a Federação Russa e poderia contar muitas coisas interessantes sobre as vacinas e soros russos”. O site "Fontanka", no entanto, disse que ele está sendo mantido num centro de detenção provisória sob uma acusação menor, de um desvio de cerca de 5 mil de libras (R$ 30,9 mil, aproximadamente).
O Instituto de Pesquisa de Vacinas e Soros de São Petersburgo está na vanguarda dos medicamentos para combater o coronavírus, a hepatite e as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), além de desempenhar um papel de liderança na exportação de vacinas russas, mas também manteria "contratos misteriosos", segundo o "Sun". O maior cliente individual era uma empresa de Sergei Chemezov, um oligarca próximo de Putin desde a época da KGB, que também chefiava a Rostec, um conglomerado estatal de defesa de alta tecnologia.
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