A Justiça argentina ordenou uma busca na casa do médico
de Diego Maradona, Leopoldo Luque, que está sendo investigado por
homicídio culposo. Os promotores Laura Capra, Patricio Ferrari e Cosme
Irribaren disseram que a busca foi para “procurar documentação para determinar
se, durante a internação domiciliária de Maradona, houve irregularidades”.
Maradona teve alta da clínica Olivos, após cirurgia para
retirar um hematoma na cabeça, contra a vontade dos médicos da instituição, que
declararam à Justiça que recomendaram a Luque que Maradona
continuasse internado mais um tempo.
Foi Luque quem ligou para o serviço de
ambulâncias 911 às 12h16 da última quarta-feira (25). O médico, porém, não
estava na casa do ex-jogador e havia sido informado pelos que o acompanhavam –a
psiquiatra, um enfermeiro e o sobrinho do ídolo, que estavam com Maradona– que
ele não se sentia bem. Paralelamente, eles também chamaram uma ambulância do
plano de saúde do jogador.
A Justiça investiga a atuação dos enfermeiros.
Especificamente, uma contradição da enfermeira que cuidou dele durante a noite,
e que afirma não ter entrado no quarto durante a manhã. Depois, porém, em sua
declaração oficial à polícia, ela disse outra coisa, que havia entrado e que
Maradona havia se recusado a ter seus sinais vitais registrados.
As filhas de Maradona, Dalma e Gianinna, e sua
ex-mulher, Claudia Villafañe, disseram à polícia que Luque lhes havia garantido
que a casa em que Maradona ia estar depois da alta da clínica Olivos teria
“condições parecidas ao hospital”. Agora, elas pedem a investigação sobre o
comportamento do médico porque a residência, também investigada, não tinha
sequer um desfibrilador ou equipamento necessário para atendê-lo no caso de uma
emergência.
A procuradoria-geral do departamento de San Isidro, que
ordenou as buscas, afirmou que estas eram necessárias por conta “das provas que
foram sendo recolhidas por meio dos depoimentos que investigam as condições de
Diego Armando Maradona”, segundo comunicado.