Aos 77 anos, completados na semana passada, Duda Mendonça
acaba de falecer, vítima de um câncer no cérebro. Estava internado no hospital
Sírio-Libanês, em São Paulo há dois meses.
Foi o mais célebre e famoso marqueteiro político
brasileiro. Fez a campanha vitoriosa de Lula em 2002, criando na ocasião o
slogan que o petista usa até hoje quando quer piscar para o centro — “Lulinha,
Paz e Amor”.
José Eduardo Cavalcanti de Mendonça, o Duda, nasceu em 10
de agosto de 1944, em Salvador. A trajetória profissional de quase 50 anos
começou a ganhar forma ainda em 1975, quando ele criou a agência DM9
Propaganda.
A partir da aproximação com vários políticos, Duda Mendonça
também se envolveu em escândalos de corrupção. Em 2005, o nome dele apareceu no
Mensalão, onde virou réu no Supremo Tribunal Federal (STF) junto com outras 37
pessoas e foi acusado de lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
Já em 2016, o marqueteiro passou a ser investigado na Operação
Lava Jato e virou réu no STF novamente, pelos mesmos crimes que respondeu no
Mensalão.
O primeiro escândalo de corrupção em que Duda Mendonça foi
citado foi o Mensalão, em 2005. O marqueteiro virou réu no Supremo Tribunal
Federal (STF) junto com outras 37 pessoas e foi acusado de lavagem de dinheiro
e evasão de divisas.
Em 2016, Duda passou a ser investigado na Operação Lava
Jato e virou réu no STF novamente, pelos mesmos crimes que respondeu no
Mensalão.
No processo, ele foi acusado de receber por serviços ao PT,
por meio de uma offshore nas Bahamas. Offshore é o termo usado para sociedades
ou contas bancárias que são abertas fora do local de domicílio dos
proprietários, para ter um regime tributário diferente.
Em 2017, o publicitário assinou um acordo de delação
premiada relacionado à Lava Jato, que foi homologado pelo ministro Edson
Fachin, do STF. Ele foi o terceiro marqueteiro do partido a assinar a delação.
As revelações foram anexadas à investigação e são mantidas sob sigilo desde
então.