O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula
da Silva confirmou que não irá a posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump,
na próxima segunda-feira (20). Convidado, o ex-presidente Jair Bolsonaro aguarda
a liberação de seu passaporte para participar da cerimônia.
Conforme o protocolo das posses
presidenciais nos EUA, o futuro presidente convidou diplomatas, e não
chefes de Estado ou governo. Essa medida visa reforçar a ideia de supremacia
americana e evitar a necessidade de reconhecimento de outras nações por meio da
presença de líderes estrangeiros.
Em 2009, o então presidente Lula
também não foi convidado para a posse de Barack Obama, apesar de uma agenda
alinhada.
A embaixadora do
Brasil em Washington, Maris Luiza Voitti, representará o país na posse de
Trump, conforme confirmado pela chancelaria brasileira. O convite segue a
tradição americana.
Convites excepcionais
Apesar do protocolo, Trump fez
exceções ao convidar líderes da extrema direita, como o presidente argentino
Javier Milei, cuja presença foi confirmada pelo jornal La Nación. A
primeira-ministra italiana, Georgia Meloni, e o presidente de El Salvador, Nayib
Bukele, também foram convidados.
Jair Bolsonaro afirma ter
recebido um convite, mas depende da liberação de seu passaporte, apreendido
pela Polícia Federal em fevereiro do ano passado. O ministro do Supremo
Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, exigiu que a
defesa de Bolsonaro apresente um documento oficial que comprove que foi
convidado.
Segundo o UOL, o convite
mencionado por Bolsonaro é um e-mail enviado ao seu filho, deputado Eduardo
Bolsonaro (PL-SP), questionando se o ex-presidente participaria do evento.
Moraes questionou a autenticidade do convite, já que a mensagem foi enviada de
um endereço não identificado: “info@t47inaugural.com”, sem detalhes dos
horários do evento.
Defesa de Bolsonaro
O ex-presidente deve responder
ao STF nesta segunda-feira (13). A defesa está sob responsabilidade do advogado
Celso Vilardi, que assumiu o caso no dia 9 e deve protocolar as informações
complementares solicitadas por Moraes. Vilardi já defendeu figuras como o
ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, o empresário Eike Batista e o ex-prefeito
de São Paulo Celso Pitta. Paulo Cunha Bueno, advogado anterior de Bolsonaro,
permanece na equipe, mas não está mais na coordenação.