Pobreza urbana na Argentina
recua para 31,6% e atinge menor nível desde 2018O Instituto Nacional de
Estatísticas e Censos da Argentina (Indec) divulgou nesta quinta-feira
(25.set.2025) que a taxa de pobreza urbana no país caiu para 31,6% no primeiro
semestre deste ano. O número representa cerca de 9,5 milhões de pessoas vivendo
abaixo da linha da pobreza nas áreas urbanas.
Trata-se do menor índice desde o
primeiro semestre de 2018, quando a taxa foi de 23,7%. A pesquisa considera as
31 principais regiões metropolitanas e não inclui a população rural.
A queda foi de 6,5 pontos
percentuais em relação ao segundo semestre de 2024, quando a taxa estava em
38,1%. Em dois anos, o recuo acumulado é de 8,5 pontos percentuais — uma
redução significativa diante dos 40,1% registrados no primeiro semestre de 2023,
período anterior à posse do presidente Javier Milei, em dezembro daquele ano.
Segundo o Indec, o critério para definir a pobreza leva em
conta a renda domiciliar e o acesso a itens básicos como alimentação,
transporte, vestuário, saúde e educação.
Atualmente, 24,7% da população urbana é classificada como
pobre não indigente — ou seja, vivem em lares com renda insuficiente para
cobrir todas as necessidades essenciais, exceto as alimentares. Esse grupo
representa cerca de 7,4 milhões de pessoas.
Já os indigentes, que não conseguem arcar sequer com os
custos de uma cesta básica alimentar, correspondem a 6,9% da população urbana,
ou 2,1 milhões de pessoas.
O presidente Javier Milei compartilhou os dados em seu
perfil na rede social X (antigo Twitter) com uma mensagem em tom de
comemoração: “A pobreza segue caindo […] Viva a liberdade, carajo”, escreveu,
fazendo alusão ao nome do seu partido, La Libertad Avanza.
A expressão, típica do discurso do presidente, reforça seu
slogan de campanha e o posicionamento liberal em defesa da liberdade econômica.
Já o ministro da Casa Civil, Guillermo Francos, atribuiu a
queda à condução da política econômica. “Como dissemos desde o início: manter
políticas econômicas responsáveis é um rumo claro para gerar resultados
concretos. A disciplina fiscal, a estabilidade macroeconômica e o incentivo à
produção estão transformando a economia e criando oportunidades reais”,
afirmou.
Fonte: News Atual