Dessa forma, precisávamos entender quais foram os critérios que condiziam com o descarte de tão poucos professores, uma vez que o município só tem duas instituições de ensino particular. Portanto, os professores da escola da qual sou proprietária e Diretora dirigiram-se ao local determinado para a aplicação da vacina e, chegando lá, perceberam que com o pequeno número de pessoas que se encontrava naquele local, seria possível receber a primeira dose do imunizante, conforme a divulgação do cronograma exposto pela governadora do estado do Rio Grande do Norte, em suas redes sociais.
Nossos professores chegaram ao local e foram atendidos pela recepcionista que anotou seus nomes na lista de sequência daqueles que seriam imunizados no dia, e ficaram aguardando sua vez. Durante esse espaço de tempo, o local foi visitado pela secretária municipal de saúde que, mesmo conhecendo os profissionais da nossa escola, não prestou nenhuma justificativa sobre a segregação dos professores da rede particular em relação ao acesso à vacina, conversando somente com a enfermeira responsável pela aplicação da vacina. Após sua saída do local, chegou a vez de uma de nossas professoras ser imunizada, que foi impedida pela enfermeira responsável, causando frustração e insatisfação aos professores que, como todos os outros do município, aguardavam ansiosamente por este momento. Outros profissionais que também chegavam ao local se exaltaram, pois as doses que estavam à vista de todos pareciam suficientes e disponíveis, mas não para este grupo específico de professores das escolas particulares.
Além dessa questão, gostaríamos também de esclarecer que eu não estava buscando a vacina para mim pois, já havia recebido a 1a dose no dia anterior a este evento, por estar incluída no grupo de pessoas com comorbidade. Também repudio, veementemente que a reivindicação de um direito seja levianamente confundida com politicagem, expediente que não condiz com nossa postura enquanto entidade educacional e que nem teria sentido nos classificar como "adversários", uma vez que não estamos em período eleitoral, o que está em discursão é o direito do cidadão. Se há algo vergonhoso é a desinformação propagada por profissionais sensacionalistas, tendenciosos e despreocupados com o que realmente importa: a verdade!
Portanto, continuarei na briga pelos direitos da minha classe profissional. Continuarei lutando por uma IPANGUAÇU de igualdade, de melhores serviços prestados a todos da comunidade, continuo resistindo para que possamos viver em um lugar que valorize e atenda a quem vive neste chão!
Ipanguaçu-RN, 07 de Maio de 2023.
SUMAIRA FONSECA SILVEIRA