segunda-feira, 7 de agosto de 2023

Trans arrependido de vaginoplastia quer ‘suicídio assistido’


Uma transgênero indígena, no Canadá, expressou sua desaprovação em relação ao sistema de saúde do país, após ter seu pedido de eutanásia recusado. O motivo do pedido foi a dor que ela, que se arrependeu da cirurgia de construção da vagina, estava sentindo.

Lois Cardinal, uma pessoa que se identifica como “transsexual pós-operatória esterilizada das Primeiras Nações”, afirmou que o arrependimento em relação à sua transição médica a levou a solicitar uma injeção letal em janeiro deste ano. Ela reside em uma reserva indígena próxima a St. Paul, Alberta, e divulgou registros médicos de seu pedido online recentemente.

O caso que você apresenta é um modelo ideal do sistema de saúde ultraliberal do Canadá, que é um dos mais tolerantes do mundo em relação à eutanásia e à identidade de gênero escolhida pelo paciente. “Eu vivo num estado constante de dor e desconforto”, disse o trans arrependido de 35 anos. “É um fardo psicológico para mim. Se eu não conseguir acesso aos cuidados médicos adequados, não quero continuar fazendo isso.”

Cardinal passou por uma vaginoplastia em 2009, porém enfrentou diversas complicações e se arrependeu rapidamente do procedimento. Em entrevista ao jornal Daily Mail dos Estados Unidos, ela relatou que atualmente sente pressão, dor e desconforto constantes, mesmo após muitos anos da cirurgia original. A vaginoplastia é uma operação complexa que visa transformar o órgão genital masculino em uma neovagina.

Segundo uma pesquisa realizada pela Universidade da Flórida, a maioria das pessoas submetidas a cirurgia de neovagina experimentam desconforto e dor após o procedimento. Problemas na bexiga e dores durante a relação sexual são bastante comuns. Além disso, os estudiosos afirmam que é importante realizar regularmente a dilatação das neovaginas para prevenir a atrofia.

Nas redes sociais, o transgênero que se arrependeu compartilhou os papéis em que pede formalmente a reversão do procedimento cirúrgico. Em sua petição, ele menciona seu problema subjacente como “sofrimento/angústia relacionados à construção de uma neovagina para confirmar sua identidade de gênero”.

Apesar do pedido de Cardinal, os médicos não o aceitaram, alegando que, de acordo com as informações clínicas e as consultas atuais, o paciente não se encaixa nos critérios do sistema de saúde. Um outro profissional explicou que a paciente foi informada de que poderá contatá-lo novamente para continuar sua jornada rumo à morte assistida. As informações são da Revista Oeste.

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