Ao todo, a força-tarefa cumpriu 13 mandados de busca e apreensão em casas e empresas de alvos, autorizados pela Justiça Federal, fez bloqueios de ativos financeiros de investigados, chegando a R$ 180 milhões, e impediu entidades investigadas “de obterem novas autorizações para execução de projetos esportivos”, segundo a PF. Participaram da operação 45 policiais federais e oito auditores da CGU.
Entenda como esquema funcionava
Segundo investigação, desvios envolveram recursos públicos destinados a projetos amparados pela Lei de Incentivo ao Esporte, que permite que empresas destinem parte do Imposto de Renda para apoiar projetos esportivos e paradesportivos.
O esquema utilizava esse dinheiro de forma indevida, desviando verbas por meio de contratos fraudulentos. O ex-servidor do Ministério do Esporte, por exemplo, estaria envolvido em crimes relacionados ao uso irregular de recursos dessa renúncia fiscal.
A partir de denúncia, investigação começou a analisar documentos e informações sobre projetos executados entre 2019 e 2022 por cinco entidades sem fins lucrativos. Quatro tinham sede em Belo Horizonte (MG) e uma em São Paulo (SP).
Tanto PF quanto CGU descobriram indícios de que contratações estavam sendo direcionadas a prestadores de serviço e fornecedores ligados a dirigentes dessas mesmas empresas investigadas.
O esquema, então, se apropriava de recursos usando entidades ligadas a essas pessoas ou intermediários. Movimentações financeiras apontaram, segundo autoridades, prática de lavagem de dinheiro. Segundo a PF, o valor de recursos desviados “pode ser maior, já que nem todos os projetos executados ou em execução foram auditados”.
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