Três pessoas da mesma família foram presas na manhã desta
quarta-feira (29) suspeitas de integrarem uma organização criminosa
especializada no contrabando de cigarros no interior do Rio Grande do Norte.
As
prisões aconteceram no âmbito da Operação Smoke Route, deflagrada pela Polícia
Federal em Mossoró, com apoio da Secretaria de Operações Integradas do
Ministério da Justiça e Segurança Pública (SEOPI/MJSP).
Cerca de 40 Policiais Federais cumpriram 3 mandados de
prisão preventiva, 10 mandados de busca e apreensão, além de dar cumprimento à
cautelares diversas das prisões decretadas contra 3 investigados, determinadas
pela 12ª Vara da Justiça Federal em Pau dos Ferros/RN.
As prisões e buscas
ocorreram nas cidades de Umarizal, Riacho de Santana e José da Penha, na região
do Alto Oeste Potiguar. Entre os presos está uma mulher de 35 anos, esposa de
um comerciante da cidade de Umarizal que já havia sido alvo de diligências no
mês de junho, que se encontra foragido.
Os outros dois presos, homens de 38 e
34 anos, são irmãos desse mesmo investigado. Nas residências dos suspeitos
foram apreendidos automóveis, caminhão, moto, celulares e R$ 200 mil em
espécie.
As investigações tiveram início a partir de 11 de junho, quando a
Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal e a SEOPI/MJSP realizaram a
apreensão de 1.362 caixas de cigarros em uma propriedade rural pertencente ao
grupo, cuja carga foi avaliada pela perícia criminal em cerca de R$ 3,4
Milhões.
Essa mesma investigação já tinha resultado na prisão de
outros 3 homens no dia 26 de junho, os quais atuavam como braço armado do bando
na segurança do transporte das cargas ilícitas.
Ressalte-se que esse grupo familiar estruturou uma
organização criminosa dedicada ao contrabando de cigarros, adotando práticas de
lavagem do dinheiro ilícito por meio de “laranjas”, movimentando entre os anos
de 2018 e 2020, mais de R$ 106 milhões em suas contas bancárias.
Há indícios de
que os cigarros são trazidos de Trinidad e Tobago, no Mar do Caribe, em
embarcações que circulam pela costa do litoral potiguar, seguindo
posteriormente em carretas para destinos variados, inclusive outros estados da
Federação.
O nome da operação faz referência a rota internacional de
contrabando de cigarros que em território brasileiro se utiliza de estradas
secundárias, evitando rodovias federais, visando burlar a fiscalização e
atuação repressivas das polícias.