O padre de São Gonçalo do Amarante foi denunciado por
assediar sexualmente um adolescente de 14 anos. A vítima, que frequentava a
paróquia junto com a mãe, prestava serviço na igreja à pedido do padre, que
prometeu pagar R$ 200 pelo trabalho. O religioso nega as acusações.
Segundo a mãe do jovem, o crime envolvia trocas de
mensagens por um aplicativo, onde o padre fazia perguntas de cunho íntimo e
sexual para o adolescente. Em uma das mensagens, o padre teria dito à vítima
“já estou no quarto, na cama”, “tomei banho, como vim à Terra… deitado”.
Segundo a denúncia, os abusos também teriam acontecido
dentro da paróquia de Santo Expedito. De acordo com a mãe da vítima, o
adolescente teria contado que estava bebendo água quando após pedir um abraço,
o padre teria mordido a orelha e tentado beijar o pescoço do rapaz, encostando
ele na parede. Depois de conseguir sair local, o rapaz contou para a mãe que o
padre seguiu pra missa e ele para onde recolhia o dízimo, mas bastante abalado,
não conseguiu ficar.
“Eu fui pra igreja após ele me ligar, bastante nervoso,
porque não tinha conseguido ficar no dízimo. Quando a gente estava se
aproximando do carro para ir embora, foi que ele contou que o que o padre tinha
feito”, disse a mãe bastante emocionada.
A equipe da Tv Tropical tentou conversar com o padre, mas
ele não estava na paróquia, nem respondeu as mensagens enviadas pela equipe.
Uma funcionária da igreja que estava no local, informou onde o religioso
estaria, mas novamente a equipe não o encontrou.
O caso está sendo investigado pela delegacia de São Gonçalo
do Amarante. O padre denunciado pela mãe registrou um boletim de ocorrência
alegando difamação.
Por meio de nota a Arquidiocese de Natal informou que vai
apurar os fatos e que se comprovada as acusações, aplicará as medidas prevista
no Direito Canônico, e finaliza afirmando que a instituição está à disposição
das autoridades.
Veja a nota na íntegra da Arquidiocese de Natal
“O Arcebispo Metropolitano de Natal, Dom Jaime Vieira
Rocha, determinou nesta terça-feira, 18 de outubro, o afastamento do Pe.
Iranildo Augusto de Assis das funções ministeriais exercidas na Arquidiocese de
Natal e a instauração de uma investigação prévia, conforme ordenamento
canônico, a fim de que sejam apurados os fatos e as circunstâncias que o
envolvem numa acusação de suposto abuso sexual envolvendo menor. A dimensão e a
gravidade da denúncia obrigam a assumir o compromisso pela verdade, justiça e
reparação dos danos. Nesse sentido, a Arquidiocese de Natal se colocará à
disposição das autoridades civis para que o caso seja elucidado em vista do bem
das partes e da própria Igreja.