Enquanto o país clama por justiça, velhos rostos da
política nacional — citados em escândalos, delações e processos — seguem
barganhando nos bastidores como se fossem guardiões da lei. A inversão de
valores é gritante: quem deveria prestar contas aparece como julgador, enquanto
o cidadão comum paga a conta.
Aécio Neves
Foi denunciado pela
Procuradoria-Geral da República por corrupção passiva e obstrução de justiça:
em 2017, acusam-no de pedir e receber R$ 2 milhões de propina do grupo J&F
(Joesley Batista) para custeio de sua defesa, além de tentar atrapalhar
investigações da Lava Jato. Ministério Público Federal+2Notícias STF+2
Ele virou réu no STF por esses
crimes – corrupção passiva e obstrução da justiça. JusBrasil+1
Também há acusações de propina
de outras empreiteiras (como a Odebrecht e Andrade Gutierrez), supostamente
relacionadas a obras em hidrelétricas. No inquérito da PF, foi apontado que
cerca de R$ 65 milhões teriam sido repassados a ele para favorecer essas
empresas. Ele nega. O Globo
Por outro lado, alguns
inquéritos foram arquivados por falta de provas ou por decisões judiciais que
consideraram insuficientes os elementos. Por exemplo, um inquérito sobre
propina da OAS foi arquivado pela Segunda Turma do STF em fevereiro de 2024. Estado de Minas
Michel Temer
Temer foi denunciado em várias
investigações. Uma das mais conhecidas é a denúncia por corrupção passiva,
envolvendo propina da JBS, com Rodrigo Rocha Loures como intermediário. O Globo+1
Também é investigado/denunciado
por obstrução de justiça (incentivar a manutenção de pagamentos ilegítimos,
deixar de comunicar autoridades sobre corrupção etc.) e por participação em
organização criminosa em alguns inquéritos ligados à Lava Jato. O Globo+2UOL Notícias+2
Outros casos envolvem contratos
públicos, o decreto dos portos (que regulava o setor portuário), obras como
Angra 3, etc. Ministério Público Federal+3VEJA+3A Gazeta+3
Em alguns casos, foi absolvido
ou as acusações foram arquivadas. Por exemplo, ele foi absolvido de acusação de
corrupção e lavagem de dinheiro no caso de Eletronuclear em 2022. Agência Brasil
Paulinho da Força (Paulo Pereira
da Silva)
Foi condenado em 2020 pelo STF a
10 anos e 2 meses de prisão pelos crimes de crime contra o Sistema Financeiro
Nacional, lavagem de dinheiro e associação criminosa, sob acusação de desvio de
recursos do BNDES. Também foi determinado na condenação que perdesse o mandato
parlamentar e fosse proibido de exercer cargo ou função pública. Notícias STF+2Agência Brasil+2
A acusação dizia que haveria
desvio de contratos de financiamentos do BNDES (estimados em R$ 350 milhões)
para beneficiar certas empresas em troca de propina. Agência Brasil+2Agência Brasil+2
Porém, em novembro de 2023, o Plenário
do STF decidiu reverter essa condenação — ou seja, absolver Paulinho da Força
nesse caso específico — por entender que as provas não eram suficientes para
mantê-la. Agência Brasil
Além disso, há outras denúncias
em curso, por exemplo por caixa 2, corrupção passiva e lavagem de dinheiro (ex:
campanha eleitoral de 2010 e 2012 com doações não declaradas) e também pelo
caso envolvendo a JBS.