Isso foi incluído na investigação da Polícia Civil de Pernambuco, que culminou na prisão de Deolane e da mãe dela, Solange Alves Bezerra Santos, em setembro deste ano, e na investigação de toda a família pelo suposto envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro do jogo do bicho.
O pedido para o saque, feito via mensagens de WhatsApp, foi obtido pelo Metrópoles. As reproduções da conversa (veja galeria abaixo) constam em um processo que Dayanne move contra o Itaú, em que ela alega ter sido constrangida no dia em que tentou, mas não conseguiu, realizar o saque milionário.
Primeiramente, Dayanne solicita ao gerente para que ele reserve R$ 1 milhão para ela. O funcionário pergunta se o montante seria “para retirar em espécie” ou se se seria transferido. Dayanne responde: “Quero em espécie”.
“[Preciso do dinheiro] para quinta ou sexta. Veja quando você consegue. Estou comprando um ap [apartamento] na Anália Franco, uma cobertura, o cara quer em espécie”, explica Dayanne, referindo-se ao Jardim Anália Franco, bairro nobre da capital paulista.
O funcionário do banco chega a orientar para que ela faça a reserva do valor usando um notebook ou computador. Posteriormente, a irmã de Deolane envia uma foto do monitor de um notebook, atualizando o valor para R$ 2 milhões.
O tom amistoso da conversa muda após o dia 24 de novembro do ano passado. Na data, Dayanne envia novas mensagens ao funcionário do banco afirmando ter sido humilhada. “Você e aquele outro gerente [que] me fez passar [por isso], você irá responder por isso”, escreveu Dayanne.
Ela ainda disse que, enquanto o gerente falava com ela sobre a pretensão de saque, o funcionário da instituição financeira também teria falado com a polícia. Ele então responde estar com a “consciência limpa” porque não havia agido para prejudicar Dayanne.
Renda incompatível
Na investigação da Polícia Civil, cujo inquérito foi obtido pelo Metrópoles, é afirmado que a movimentação solicitada era “incompatível com a renda” de Dayanne.
Além disso, relatório do Coaf, cujo a reportagem também teve acesso, destaca que o CPF e o nome do suposto vendedor do apartamento de luxo, indicado por Dayanne ao Itaú, não conta com nenhum imóvel registrado em São Paulo.
“Chama atenção a movimentação a crédito apresentada, não sendo possível atestar que a origem dos recursos [na conta de Dayanne] seja proveniente da atividade comercial” destaca a autoridade financeira.
Como revelado pelo Metrópoles, com exceção da filha de 8 anos, todo o núcleo familiar da advogada e influenciadora Deolane Bezerra é apontado pela polícia como participante de um esquema usado para lavar o dinheiro proveniente do jogo do bicho e de apostas ilegais.
A defesa de Dayanne não foi localizada para comentar sobre a tentativa de saque. O espaço segue aberto para manifestações.
Fonte: Metrópoles
Nenhum comentário:
Postar um comentário