quinta-feira, 3 de julho de 2025

Júri Popular absolve acusado de assassinato em Mossoró e decisão causa perplexidade no Ministério Público


Em uma decisão que causou surpresa e revolta entre os representantes do Ministério Público, o Tribunal do Júri Popular de Mossoró absolveu, nesta quarta-feira (2), Evano Menino de Brito, conhecido como “Fusquinha“, de 31 anos de idade.

Ele foi julgado por acusações de rapto, homicídio e ocultação de cadáver de Daniel Sousa do Nascimento, morto em 14 de janeiro de 2024, na Comunidade do Pirrichil, em Mossoró.

A absolvição foi classificada como “estranha” e “totalmente contrária às provas contidas no processo” pelo promotor de Justiça Ítalo Moreira Martins, responsável pela acusação.

“Eu recorri ainda no plenário, para que o caso seja novamente levado a júri”, declarou o promotor, que também pedia a condenação do réu por corrupção de menores.

A defesa, representada pelo advogado Jerônimo Azevedo Bolão, sustentou a tese de negativa de autoria, com base no depoimento do próprio réu, que alegou estar em um “chorrusco” (festa) no momento do crime.

Após os debates entre acusação e defesa, o Conselho de Sentença foi conduzido à Sala Secreta pela juíza Ana Orgette de Sousa Fernandes Vieira, presidente da sessão. De maneira inesperada, os jurados decidiram condenar o réu apenas pelos crimes de corrupção de menores (pena de 1 ano e 9 meses) e constrangimento ilegal (pena de 5 meses), absolvendo-o dos crimes mais graves de rapto, homicídio e ocultação de cadáver.

Com a sentença, e considerando o tempo já cumprido em prisão preventiva, Fusquinha deve ser colocado em liberdade nas próximas horas. O caso segue sob os olhares atentos da Promotoria, que promete recorrer para tentar anular o julgamento e submeter o réu a um novo júri popular. (fimdalinha).

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