As investigações apontaram que três funcionários da instituição financeira, valendo-se das funções públicas que exerciam, fraudaram o sistema de pagamento de planos de previdência, vinculando-os indevidamente a cartões de crédito pertencentes a eles próprios e a familiares. Os valores lançados nos cartões ultrapassavam os limites disponíveis, resultando no estorno das transações por insuficiência de saldo. Apesar disso, os pontos gerados pelo programa de fidelidade eram mantidos e creditados normalmente nas contas dos envolvidos.
Esses pontos, popularmente conhecidos como “milhas”, eram posteriormente convertidos, de maneira dissimulada, em dinheiro, bens e passagens aéreas, sobretudo internacionais, movimentando cifras expressivas. O esquema criminoso desviou mais de 12,5 milhões de pontos do programa de relacionamento da instituição financeira, causando prejuízo relevante e caracterizando enriquecimento ilícito dos investigados.
Durante o cumprimento das medidas cautelares autorizadas pela Justiça, foram apreendidos documentos, computadores, celulares, extratos bancários, mais de 40 cartões de crédito, grande quantidade de munições, três armas de fogo, além de valores em espécie: R$ 28.050,00 e US$ 15.100,00 (quinze mil e cem dólares). Também houve o sequestro judicial de veículos e a decretação de bloqueio de bens dos investigados no montante de R$ 2,5 milhões.
O nome da operação faz alusão à prática ilícita de “fabricar pontos” de forma fraudulenta, cujo destino inevitável foi o “pouso forçado” pela ação da Polícia Civil.
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