O general Eduardo Villas Bôas, ex-comandante do Exército,
teve papel crucial no apoio dos militares a Gustavo Bebianno. Os dois
conversaram ainda na noite de quinta (14), quando o ministro tentava resistir
no cargo depois dos ataques de Carlos Bolsonaro, filho do presidente Jair
Bolsonaro —que tinham sido endossados pelo próprio pai.
Villas Bôas, que hoje assessora o general Augusto Heleno no
GSI (Gabinete de Segurança Institucional), mantém ascendência e grande
respeitabilidade entre os colegas. Foi o primeiro militar com quem Bebianno
conversou. Outros o apoiaram na sequência.
Em meio à crise, Bebianno elogiava os militares. “Eles são
o que há de melhor no governo. Leais, democratas, limpos”, dizia na sexta (15).
Uma das explicações para a fritura do auxiliar promovida
por Bolsonaro, e corrente no núcleo de Bebianno, é a de que o presidente foi
convencido de que ele participa de complôs no governo. Por essa versão, Bolsonaro seria uma pessoa ressabiada, que
não confia nem na própria sombra.
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