Alguns grupos de whatsapps estão fazendo um verdadeiro
“Carnaval” com a informação gerada pelo familiar de uma paciente internada no
Hospital Antônio Ferraz em que afirma não ter a medicação recomendada pelo
médico de plantão, ontem à noite.
No momento em que os municípios, os estados e o país já
vivem situações dramáticas com falta de UTIs, leitos hospitalares e também de
medicamentos, pessoas que torcem pelo “quanto pior, melhor”, utilizam-se das
redes sociais para pregar o pavor na população, como ocorre em Macau. Sobre o
ocorrido na noite de ontem, com repercussão hoje, depois de receber mensagem de
Jadson Mendes, filho da paciente Ivoneide Pereira Mendes, a diretora do HAF,
Ludmilla de Melo respondeu com outra mensagem, a seguir:
“Ontem conversei com Dayane e expliquei pra ela a
situação... o Tamiflur está em falta no mercado, solicitei junto ao fornecedor
e o mesmo me informou que tanto o Tamiflur como a hidróxicloroquina haviam sido
recolhidos das farmácias e fornecedores de medicamentos. Hoje, é um medicamento
de acesso unicamente do governo do estado. Sobre ter responsabilidade quanto o
que tem ou não no hospital, é sim minha responsabilidade, estou ali pra gerir o
hospital, se falta algum medicamento ou qualquer outra coisa é minha obrigação
não deixar que aconteça. O prefeito não tem como estar em todas os órgãos e
secretarias do município. Por isso, tem auxiliares diretos.
O oxigênio foi abastecido na sexta, e hoje será abastecido
novamente. Não irá faltar. Pra você ter uma ideia o uso de O2 triplicou nas
últimas semanas, mas em nenhum momento deixamos que faltasse. Nem para as
pessoas que estão internadas, nem muito menos pra quem faz uso em casa, nós
também prestamos esse serviço.
Com relação a sua preocupação como filho, eu entendo
perfeitamente. Sou filha e também sou mãe. Sei que não é fácil ver alguém que
amamos doente... mas posso te pedir um favor ? Queria te pedir um pouco de
respeito conosco que fazemos o hospital. Ontem sua irmã me informou que tinham
havido vários problemas com sua mãe ao dar entrada no PS, disse que tinha uma
pessoa de dentro do hospital informando sobre a situação. Na mesma hora
verifiquei com a equipe de plantão o que estava acontecendo, a equipe ficou sem
entender. A enfermeira responsável no setor foi até sua mãe para saber se
estava tudo bem e ela relatou que estava sendo muito bem tratada, agradeceu
inclusive. Isso me deixou aliviada. Mas aí eu pergunto : é justo que uma equipe
que está em meio a uma situação como essa passe por esse tipo de
constrangimento? Falo com Dayane desde que Adelson ficou doente... primeiro
ele, depois o marido dela e agora sua mãe. Sempre que ela me procurou fiz de
tudo pra ajudar. Ontem ela me ligou as 00:37 e informou que por não ter o
Tamiflur iria divulgar nas redes sociais pq assim se resolveria. Aí vou te
dizer o que disse pra ela: eu tenho consciência do que estamos fazendo e o
serviço que estamos prestando.
Espero que você entenda as minhas colocações. No mais se
precisar de algo pode entrar em contato.”
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