terça-feira, 5 de agosto de 2025

AQUI É O BRASIL: Novo júri é marcado no caso Zaira Cruz, e Justiça nega pedido de prisão domiciliar ao réu


Após mais de seis anos de esperança, a Justiça marcou um novo dado para o julgamento de Pedro Inácio Araújo de Maria, acusado de assassinar a jovem Zaira Cruz em um caso que mobilizou a opinião pública e gerou grande comoção no Rio Grande do Norte. O júri popular está agendado para o dia 1º de dezembro, às 8h30, no Fórum Miguel Seabra Fagundes, em Natal.

Zaira Cruz foi encontrada morta em 2019, no município de Caicó, e a investigação nomeada Pedro Inácio, como principal suspeito. Ele será julgado por feminicídio e segue preso preventivamente.

A nova data do júri foi recebida com alívio por familiares da vítima. A mãe de Zaira, Ozanete Cruz, participou de um vídeo nas redes sociais comemorando a decisão e reforçando o apelo por justiça. "Eu estou radiante com essa notícia, e dizer que sou muita grata a Deus por tudo. Que venha um novo julgamento", disse.

Além da definição do júri, a Justiça também negou o pedido de prisão domiciliária feito pela defesa de Pedro Inácio. A solicitação foi baseada em uma condição de saúde do réu, que é portadora de uma enfermidade rara e progressiva. Apesar da negativa à mudança no regime de prisão, o Tribunal autorizou a realização urgente de uma nova avaliação médica para reavaliar o estado clínico do acusado.

Em nota, a defesa de Pedro Inácio afirmou que a solicitação do exame representa um avanço no processo e reforçou a confiança na concessão futura da prisão domiciliar. “Trata-se de um avanço relevante no trâmite do pleito humanitário formulado, e a defesa mantém plenas descobertas de que, uma vez realizado o exame, o deferimento da substituição da prisão preventiva se apresentará como desdobramento natural, à altura dos valores constitucionais que resguardam a dignidade da pessoa humana”, destacou o advogado Jader Marques.

O caso Zaira Cruz é considerado um dos mais emblemáticos do estado nos últimos anos e segue acompanhando de perto por entidades de defesa dos direitos das mulheres, familiares e movimentos sociais.

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