sábado, 16 de agosto de 2025

Sidney Oliveira, dono da Ultrafarma, e diretor da Fast Shop deixam a prisão após pagamento de fiança de R$ 25 milhões


A Justiça de São Paulo determinou fiança de R$ 25 milhões para o dono da Ultrafarma, Sidney Oliveira, e para o diretor da Fast Shop, Mario Otavio Gomes, que foram soltos nesta sexta-feira (15) após prisão durante a Operação Ícaro.

O valor deverá ser pago em até cinco dias. Na decisão, o juiz considerou o alto poder econômico dos acusados, a gravidade dos fatos e o possível prejuízo aos cofres públicos.

Além da fiança, eles terão de cumprir medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno, proibição de contato com investigados, entrega do passaporte e comparecimento mensal em juízo.

Segundo as investigações, conduzidas pelo GEDEC (Grupo de Atuação Especial de Repressão aos Delitos Econômicos) com apoio da Polícia Militar, o auditor fiscal Artur Gomes da Silva Neto teria recebido propina para conceder benefícios fiscais a empresas. Ele continua preso.

Na decisão que determinou a soltura, o juiz impôs as seguintes medidas cautelares:

Comparecimento mensal em juízo para informar e justificar atividades;

Proibição de frequentar prédios ligados à Secretaria da Fazenda de São Paulo, salvo se convocados;

Proibição de manter contato com demais investigados e testemunhas;

Proibição de sair da comarca sem prévia comunicação ao juízo;

Recolhimento domiciliar noturno e nos dias de folga, após as 20h;

Monitoração eletrônica;

Entrega do passaporte no primeiro dia útil após a soltura;

Pagamento de fiança de R$ 25 milhões, em até cinco dias, considerando o alto poder econômico dos acusados, a gravidade dos fatos e o possível prejuízo aos cofres públicos.

Sidney e Mario Otávio haviam sido presos na última terça-feira (12) em uma operação do MPSP (Ministério Público de São Paulo) para desarticular um esquema de corrupção envolvendo auditores fiscais tributários da Secretaria da Fazenda do estado.

A Operação Ícaro foi deflagrada pelo GEDEC (Grupo de Atuação Especial de Repressão aos Delitos Econômicos) e teve apoio da Polícia Militar. A investigação identificou um grupo criminoso responsável por favorecer empresas do setor de varejo em troca de vantagens indevidas.

Em nota, a Ultrafarma reforça que está colaborando com a investigação e que as informações veiculadas serão devidamente esclarecidas no decorrer do processo.

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