quinta-feira, 14 de agosto de 2025

Trump sanciona ex-Mais Médicos e manda recado a ministros


Fonte: Gazeta do Povo: O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou que a revogação de vistos de ex-funcionários do governo Dilma Rousseff envolvidos no programa Mais Médicos é um "recado inequívoco" de que integrantes dos Três Poderes não estão "imunes" às restrições dos Estados Unidos. Ele destacou que a medida do governo Trump demonstra "compromisso" em "conter e punir regimes autoritários". Os ex-funcionários sancionados, como Mozart Julio Tabosa Sales e Alberto Kleiman, foram acusados de envolvimento em um esquema de exportação coercitiva de mão de obra cubana por meio do programa. Eduardo Bolsonaro também criticou o ministro do STF Alexandre de Moraes e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, associando-os a regimes autoritários semelhantes ao de Cuba.

Governo Dilma repassou bilhões a Cuba pelo Mais Médicos

O programa Mais Médicos, lançado em 2013 para suprir a falta de médicos em regiões remotas do Brasil, acabou funcionando como um canal de financiamento para o regime cubano. Documentos mostram que entre 50% e 75% dos salários dos médicos cubanos eram enviados diretamente a Cuba. A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) atuou como intermediária, conferindo uma aparência de legalidade ao acordo. Entre 2013 e 2017, cerca de R$ 13 bilhões foram gastos no programa, sendo aproximadamente R$ 7 bilhões repassados a Cuba. Médicos cubanos também denunciaram condições de trabalho abusivas e exploração, caracterizando trabalho análogo à escravidão.

Oposição denuncia Moraes a 80 embaixadas por autoritarismo

Parlamentares da oposição entregaram uma carta de denúncia contra o ministro Alexandre de Moraes a mais de 80 embaixadas e organismos internacionais, como ONU, OEA e Parlamento Europeu. O documento acusa Moraes de "violações sistemáticas aos direitos humanos, repressão política e uso autoritário do Judiciário". A denúncia destaca casos de prisões arbitrárias, censura institucional e perseguição política, incluindo a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. Os parlamentares afirmam que a atuação do ministro representa a "consolidação de uma autocracia togada", comprometendo a separação dos Poderes e as garantias individuais.

Motta descarta anistia ampla e critica Eduardo Bolsonaro

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que não há apoio suficiente para aprovar uma anistia ampla aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele sugeriu a criação de um projeto alternativo para revisar penas consideradas excessivas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Motta também criticou a atuação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos articulando sanções contra autoridades brasileiras, afirmando que sua postura prejudica a economia do país e não é compatível com o exercício parlamentar.

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