— No Brasil, basta nascer preto para ser suspeito. Por isso, estou metendo o pé do país — disse o sambista.
Gabriel, neto de Neguinho da Beija-Flor, tinha como trabalho montar tendas em eventos. No sábado, era o que ele fazia no momento em que teve início uma troca de tiros com a chegada de policiais militares ao Morro da Bacia na tentativa de reprimir um baile funk. Quatro pessoas foram baleadas, entre elas Gabriel.
Durante o enterro, nesta segunda-feira, o sambista disse que planos da família têm mudado desde a morte do rapaz. Um dos filhos de Neguinho tem o mesmo trabalho do jovem, e vai abandonar a atividade. Durante o velório, realizado no Cemitério de Nova Iguaçu, o cantor disse:
— Ele (Gabriel) era um menino bom. Estava armando a tenda, e segundo informações que tive, era um lugar perigoso. Estava lá armando a tenda e isso aconteceu. Parece que houve uma operação e uma troca de tiros com um pessoal. Além do Gabriel, tenho um filho que também trabalha nisso. A partir de agora não vai mais exercer esta atividade. É perigoso.
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