A movimentação ocorre no mesmo dia em que Washington ordenou o deslocamento de tropas e aeronaves militares para países estratégicos da América Latina — entre eles Porto Rico, Panamá, Colômbia, Bahamas e Antilhas — sob o pretexto de intensificar a guerra contra o narcotráfico na região. Não por acaso, Maduro é apontado pelo Departamento de Justiça dos EUA como líder do “Cartel de los Soles”, organização criminosa envolvida no envio de toneladas de cocaína para os Estados Unidos e Europa, com conexões diretas a grupos como o Tren de Aragua e o Cartel de Sinaloa.
Na semana passada, o governo Trump elevou para US$ 50 milhões (cerca de R$ 272 milhões) a recompensa por informações que levem à captura do ditador venezuelano — uma das maiores cifras já oferecidas pelo país contra um chefe de Estado. Para a oposição interna e analistas políticos, o movimento militar somado à recompensa recorde demonstra que a Casa Branca está disposta a encurralar de vez o regime chavista.
Enquanto isso, Caracas vive um clima de incerteza e apreensão. Para muitos venezuelanos, que enfrentam fome, inflação descontrolada e repressão, cada passo da pressão internacional é visto como uma possível oportunidade para o fim de mais de duas décadas de chavismo.
A presença de drones americanos sobre o espaço aéreo latino-americano, aliada à movimentação de tropas na região, deixa claro que a crise venezuelana pode estar prestes a entrar em um novo e decisivo capítulo — e que a contagem regressiva para o regime de Nicolás Maduro pode ter começado.
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