terça-feira, 29 de outubro de 2019

Conheça o assuense Gabriel Veron: meia com nome de craque argentino e que quase foi vaqueiro

Do sonho de ser vaqueiro como o pai, Gabriel Veron seguiu o instinto da mãe e trilha um futuro promissor no futebol. Nem parece que o nome do atacante do Palmeiras e da Seleção Brasileira sub-17 foi inspirado em um craque argentino: Juan Sebastian Veron, que defendeu a seleção hermana nas Copas do Mundo de 1998, 2002 e 2010. É que a ideia do nome não veio dos pais, mas de um vizinho deles quando moravam em Assu, cidade de 60 mil habitantes do interior do Rio Grande do Norte.

“Ele teve três filhas meninas e sempre quis ter um menino para colocar o nome do ídolo dele, o Veron. Como minha mãe e meu pai estavam indecisos com o nome que iriam me dar, decidiram aceitar o pedido do vizinho”, explicou o jogador de 17 anos, que marcou o último gol da goleada do Brasil sobre o Canadá, por 4 x 1, na estreia do Mundial Sub-17, no último sábado, no Estádio Bezerrão, no Gama.

Gabriel Veron só assistiu ao jogador que inspirou o próprio nome por vídeos do YouTube. Mesmo sem poder ter o visto ao vivo, gostou do estilo do argentino e acredita que o ex-jogador também teria aprovado o desempenho dele no primeiro jogo: “Honrei o nosso nome”. Hoje, a inspiração é o português Cristiano Ronaldo. E as características ofensivas e de trabalho forte, ele diz ter. 

O garoto é nome fundamental no elenco comandado por Guilherme Della Dea. “Além da força física e da velocidade, o Veron tem a qualidade técnica e isso facilita muito o nosso trabalho. Eu sempre converso muito com ele para que não perca a essência do futebol brasileiro, de encarar no um contra um, que ele está fazendo com maestria”, elogiou o treinador, na véspera da segunda partida do Brasil, que enfrentará a Nova Zelândia pela segunda rodada da fase de grupos,  na terça-feira (29/10), às 20h, novamente no Estádio Bezerrão, no Gama.

A responsável pelo potiguar trocar a roça pelos gramados do futebol foi a mãe. O sonho do garoto era se tornar vaqueiro. “É a vida do meu pai, ele é vaqueiro, cuida de vaca, cavalo, trabalha na roça. Tentei ser vaqueiro com ele, mas não consegui”, contou. A mãe apoiava Gabriel a buscar a vida no campo, sim, mas de futebol. E deu certo. Nem precisa falar que o pai não ficou magoado com a decisão. Segundo o jovem atacante, os pais sempre o apoiaram na carreira dentro do futebol e ficaram muito felizes com a estreia dele com a camisa verde-amarela no Mundial da categoria de base, em Brasília.

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