Vereadora foi presa por peculato e por armazenar
combustível em desacordo com as exigências estabelecidas em leis. Ela foi
encaminhada à cadeia feminina de Mossoró
A vereadora de Angicos Nataly Felipe, foi presa em flagrante na manhã desta terça-feira (1º)
durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão da operação Combustão
II, deflagrada nas primeiras horas do dia pelo Ministério Público do Rio Grande
do Norte (MPRN).
A vereadora, que já ocupou o cargo de secretária de Saúde do
município, foi presa por peculato e por armazenar gasolina em desacordo com as
exigências estabelecidas em leis. Ela foi conduzida à cadeia feminina de
Mossoró, onde aguardará decisão judicial.
O crime de peculato se configurou pelo fato de a vereadora ter se apossado de
veículos e de combustível da Prefeitura, mesmo não sendo mais secretária
municipal. Na casa dela, foram apreendidos dois galões de 20 litros cada
contendo gasolina.
O MPRN deflagrou a operação Combustão II com o objetivo de combater um esquema
de desvios de combustíveis no âmbito da Prefeitura Municipal de Angicos. Há
evidências de venda de combustível pela Prefeitura a particulares e de
abastecimento de carros particulares de agentes públicos às custas do
Município. A operação teve o apoio da Polícia Militar.
A investigação que resultou na operação Combustão II foi iniciada em 2018.
Paralelamente à instauração do procedimento, surgiu notícia anônima de esquema
já conhecido na cidade de Angicos, de desvio de combustíveis, por frentistas e
agentes públicos.
Esse mesmo esquema fraudulento foi alvo da operação Combustão, deflagrada pelo
MPRN em outubro de 2018. A suspeita à época era que um posto de combustíveis
era palco de crimes cometidos por agentes públicos locais no que se refere ao
fornecimento de combustível por parte Prefeitura de Angicos.
Além da prisão em flagrante, a operação Combustão II cumpriu cinco mandados de
busca e apreensão, sendo dois deles em Secretarias da Prefeitura de Angicos. Ao
todo, 6 promotores de Justiça, 12 servidores do MPRN e 32 policiais militares
atuaram na ação. As provas coletadas serão analisadas e remetidas ao Poder
Judiciário, para que, oportunamente, seja avaliado o ajuizamento de ação penal.
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