Os agentes cumprem quatro mandados de prisão e 31 de busca e apreensão. Até o momento, duas prisões já foram feitas.
Os mandados estão distribuídos entre 15 alvos no Rio de Janeiro, nove em São Paulo, dois no Rio Grande do Sul, dois no Paraná, um em Minas Gerais, um no Rio Grande do Norte e um em Santa Catarina.
Há sete meses, a Delegacia da Criança e Adolescente Vítima
(DCAV), recebeu uma denúncia da atuação de uma associação criminosa voltada a
prática de atos violentos, de discriminação e preconceito de raça, cor, etnia,
religião ou procedência nacional por meio de redes sociais.
Em maio deste ano, durante as investigações, um homem foi
identificado por utilizar um aplicativo para espalhar o ódio e atrair
simpatizantes, principalmente com ameaças contra negros e judeus.
Na época, a DCAV pediu a prisão temporária de 30 dias do
suspeito.
O delegado responsável pelo caso também solicitou a
expedição do mandado de busca e apreensão e quebra do sigilo de dados.
A partir da análise do material periciado pelo Instituto de
Criminalística Carlos Éboli, foi encontrado farto material de conteúdo racista
contra negros e judeus.
Segundo a polícia, foram encontrados diálogos ameaçadores e indícios de cooptação de simpatizantes, treinamento e, principalmente disseminação de ódio.
A “Operação Bergon” recebeu o nome em alusão à freira francesa Denise Bergon, que usou seu convento para abrigar crianças judias entre alunos católicos durante a Segunda Guerra Mundial, evitando serem capturadas pelos nazistas.
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