De acordo com o delegado Hugo Pereira de Castro, a mãe do adolescente percebeu as conversas e realizou a denúncia. "A mãe do garoto acompanha tudo que ele vê nas redes sociais e internet. Quando ela percebeu as mensagens de cunho sexual, trouxe até a delegacia e denunciou", explicou o investigador.
A partir do relato da mãe do jovem, os agentes passaram a investigar o suspeito. Durante os trabalhos, policiais chegaram a procurar por ele na escola, que fica no bairro Tijuco Preto, mas só o encontraram em sua residência.
"Ele confessou que falava com o adolescente e confessou outros assédios contra outros alunos e ex-alunos. Menores e maiores de idade", disse Castro.
Os agentes foram autorizados pelo homem a ter acesso ao conteúdo do computador. "Encontraram milhares de fotos e vídeos pornográficos com crianças e adolescentes. Tinha muita coisa mesmo. Fica até difícil saber o que foi produzido por ele e o que ele recebeu de outras pessoas", acrescentou o delegado.
O funcionário da escola será indiciado por armazenar pornografia infantil. No entanto, segundo Hugo Pereira de Castro, as investigações continuam. "Caso seja comprovado que ele chegou a ter relações sexuais com outras vítimas, também será denunciado por pedofilia, crime que pode chegar até 15 anos de prisão", concluiu o policial civil.
As identidades da mãe e do adolescente e do suspeito não foram divulgadas. Por este motivo, o UOL não conseguiu contato com a denunciante para comentar o caso e nem com a defesa do suposto pedófilo.
Procurada, a Prefeitura de Caçapava disse que o suspeito não trabalha diretamente com os alunos e que a direção do colégio nunca havia desconfiado de condutas das quais ele está sendo acusado. A gestão municipal informou ainda que abrirá um processo administrativo.
Confira a nota da prefeitura na íntegra:
A Prefeitura de Caçapava, por meio da Secretaria de Educação, informa que o funcionário preso na manhã de terça-feira, 16 de fevereiro, acusado de pedofilia, cumpria funções administrativas dentro da escola, como secretário escolar, e não mantinha contato direto com os alunos.
A direção informa que jamais desconfiou de qualquer ação inapropriada ou recebeu denúncia sobre a conduta do funcionário, só tendo conhecimento do fato mediante a prisão do acusado. Diante da situação, a Secretaria de Educação está abrindo uma CPAR (Comissão Permanente de Apuração à Responsabilidade) e manterá o funcionário afastado de suas funções.
A Prefeitura lamenta profundamente o ocorrido e ressalta que a conduta deste colaborador não reflete a idoneidade e a confiabilidade de seus funcionários. E espera que todos os fatos sejam apurados e que a justiça seja aplicada devidamente.
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