Uma operação da Delegacia Especial de Crime contra o
Consumidor (Decon), desencadeada nesta segunda-feira, resultou na interdição de
um laboratório protético irregular no bairro de Ricardo de Albuquerque, na Zona
Norte do Rio. Segundo a Polícia Civil, os responsáveis pelo espaço adquiriam
itens de cemitérios clandestinos na Região Metropolitana e revendiam para
clínicas odontológicas como se fossem novos.
A fraude em questão diz respeito ao material conhecido como
"roach", um tipo de prótese dentária removível. Após adquirir o
aparato por cerca de 50% do custo habitual, ele era submetido a um processo
químico para que aparentasse ser novo, sendo então repassado às clínicas. Pelo
menos dois cemitérios que participavam do esquema foram identificados, um em
São Gonçalo e outro na Baixada Fluminense, mas a delegacia especializada ainda
busca outros endereços.
Dois suspeitos foram presos em flagrante no local por
crimes contra o consumidor e contra a saúde pública, cujas penas, somadas,
podem chegar a seis anos de reclusão. As investigações apontam que eles atuavam
desta maneira no segmento há pelo menos três anos.
- As investigações continuam, e agora vamos contatar todas
as clínicas odontológicas que adquiriam as peças. Ao que tudo indica, elas
também eram lesadas e não sabiam da procedência do material - explica o
delegado André Luiz de Souza Neves, titular da Decon.
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