Cento e trinta e um bilhões de reais! É quanto os três
governos petistas deixaram de gastar na saúde. É a soma das verbas previstas no
Orçamento que deixaram de ser usadas, que foram, como se diz em burocratês,
“contingenciadas”. Alguém dirá: “Ah, mas com Orçamento é assim mesmo; nunca se
usa tudo…”. Olhem aqui: cortar dinheiro justamente da Saúde, sabidamente a área
mais precária do país, é um crime contra os pobres. De fato, o PT tirou dos
doentes bem mais.
Entre 2003 e 2007 — em cinco dos 12 anos de governo —, o PT
contou com a CPMF, o imposto do cheque, lembram-se? Eu gosto de fazer contas:
nos cinco anos em que contou com a contribuição, que era imposto, o governo
Lula arrecadou R$ 186,4 bilhões. Sabem quanto efetivamente foi empregado, até
então, na Saúde? R$ 75 bilhões. Vale dizer: o companheiro usou R$ 111,4 bilhões
para outras despesas.
Assim, se a gente somar o dinheiro da CPMF que não foi para
a saúde, que foi desviado para outras áreas, com os cortes feitos no Orçamento,
o PT deixou de gastar na saúde R$ 242,4 bilhões. Isso explica a situação
miserável em que está o setor; isso explica por que Dilma teve de recorrer à
pantomima dos médicos cubanos, os apalpadores de pobres, para fingir que está
fazendo alguma coisa.
Quando Lula acusa a oposição de ter derrubado a CPMF e de
ter tirado bilhões da saúde, está mentindo. Quem desviou dinheiro da saúde foi
o PT; quem tomou R$ 111,4 bilhões da CPMF que eram da Saúde foi o PT; quem
cortou R$ 131 bilhões da Saúde foi o PT.
Na Saúde, o PT nunca foi o remédio; sempre foi a doença.
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