sábado, 2 de maio de 2020

Potiporã demitiu 400 funcionários por causa do Covid 19

Por culpa do isolamento social que há quase dois meses mantém fechados muitos setores da atividade econômica, inclusive os restaurantes que consomem grande parte de sua produção de camarão, a maior fazenda de carcinicultura do Brasil – a Potiporã, do grupo cearense Samaria, liderado pelo empresário Cristiano Câmara, anunciou nesta quinta-feira, três decisões.

Reduziu em 50% a produção de camarão da fazenda, fechou a metade dos seus laboratórios, onde trabalham técnicos nacionais e estrangeiros, e demitiu 400 dos seus 1.200 funcionários, que retornarão tão logo passe a pandemia do coronavírus e as atividades econômicas sejam retomadas.

Esta coluna ouviu a informação do próprio Cristiano Maia. Falando com voz de tristeza e lamento, ele revelou que “não deu mais para prosseguir produzindo sem vender”.

Os estoques da Potiporã - que se localiza no litoral Oeste do Rio Grande do Norte – estão cheios, e mesmo as vendas por meio de “delivery” não os reduziram.

“Temos estocadas duas mil toneladas de camarão e não temos a quem vender, pois os restaurantes continuam fechados”, informou Cristiano Maia, que acrescentou:

“Infelizmente, temos de reduzir custos em todas as áreas da empresa. Estamos dispensando um terço de nossa força laboral, e esta decisão nos corta o coração, mas a esperança é de que essa pandemia desapareça logo e todos esses nossos colaboradores retornem ao trabalho”, disse ele, cheio de esperança.

Nas redes sociais, Cristiano Maia tem recebido a solidariedade de seus colegas empresários - seu grupo Samaria atua na indústria da construção civil, na construção, recuperação e manutenção de rodovias, na indústria de rações para animais e na pecuária leiteira e de corte, na criação de cavalos e também na agricultura, produzindo milho.

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