Após a divulgação de vídeos mostrando a ação da Polícia
Militar no protesto realizado pelos alunos do IFRN, a governadora Fátima
Bezerra foi mais do que ligeira.
Em menos de duas horas, a governante chamou aos carretéis o
secretário de Segurança Pública e Defesa Social, Francisco Araújo e o
comandante da PM, coronel Alarico. Fátima determinou o pronto afastamento do
policial que comandou a ação no IFRN.
A ação da PM, que foi convocada ao IFRN pelo reitor
interventor Josué Moreira, que tomou posse no cargo depois de ter sido
derrotado em eleição direta, deverá ser objeto de apuração por parte do governo
estadual.
Eventuais e possíveis excessos e exageros devem ser
apurados e evitados em manifestações, principalmente se forem pacíficas. Os
estudantes cobram um plano de reposição de aulas para os milhares que estão sem
estudar desde o início da pandemia, mas o motivo do protesto não foi esse, foi
exigir a renúncia do reitor pro-tempore.
Mas uma coisa é inegável no caso do IFRN: a governadora
agiu com uma presteza e uma rapidez nunca antes vista no seu governo.
Quem dera Fátima Bezerra tivesse adotado a mesma resposta e
em tempo parecido no caso do sumiço dos 5 milhões de reais que o Consórcio
Nordeste recebeu do governo do RN para comprar respiradores. QUEM DERA.
No caso da ação da PM contra os alunos no Dia do Estudante,
a governadora foi mais do que valente. Mas quando o assunto foi o sumiço do
dinheiro do contribuinte que deveria ter sido gasto com equipamentos de saúde,
a governadora foi omissa. Restou apenas uma notinha de protesto. Será que a
valentia da governadora é questão de ideologia? Será?
Por último e não menos importante: o Governo Federal
precisa respeitar à vontade expressa pela maioria da comunidade escolar do IFRN
na eleição para reitor. A vontade da maioria é a expressão maior da Democracia.
É assim que funciona: de reitor de escola federal, diretor de escola estadual
ou municipal a presidente da República.
Nenhum comentário:
Postar um comentário