O empreiteiro Marcelo Odebrecht afirmou que está
"vivendo um inferno", para definir seu presente momento, dois anos
depois de deixar a cadeia. Bilionário à época, ele foi demitido, teve bens
congelados, pagamentos suspensos e sofre uma enxurrada de ações na Justiça, de
acordo com declarações à revista Veja.
Marcelo foi um dos delatores na Operação Lava Jato e hoje
vive recluso, em sua mansão em um bairro da zona sul de São Paulo. Ele cumpre
regime semi-aberto, podendo sair para trabalhar de dia e voltar para casa à
noite. A delação assinada com a Justiça o permite ainda ter uma fortuna
estimada em mais de 140 milhões de reais - mais sua participação acionária na
Odebrecht.
Segundo a Veja, ele relatou a um amigo que, aos 51 anos,
atravessa o pior momento de sua vida. "Preferiria ter ficado preso em
Curitiba mais dois anos a passar o que estou passando nos últimos seis
meses", afirmou ele, citando dificuldades financeiras por conta dos
problemas judiciais. "Estou vivendo o inferno". Marcelo passou dois
anos e meio em cárcere.
Marcelo trava disputa com o pai, Emílio Odebrecht. Eles
dois comandaram a companhia durante oito anos, de 2008 a 2015, mas a Lava-Jato
causou um racha e eles não se falam, também de acordo com a revista, há mais de
dois anos. Marcelo considera que foi usado de bode expiatório e considera que
pagou sozinho pelos crimes da empresa, enquanto Emílio permaneceu em liberdade
e tocando os negócios.
Nenhum comentário:
Postar um comentário