O abaixo-assinado, representado por cinco comunidades, incluindo a Comunidade São José Operário – Favela de Vila Prudente, na periferia da zona leste de São Paulo, que já tem mais de 2,4 mil participantes, cita a tristeza e indignação com o afastamento do padre Assis Tavares pela acusação de ter “abençoado pessoas”.
O padre Assis Tavares, como é popularmente conhecido, nasceu em Cabo Verde, na África. Radicado no Brasil desde 2012, ele iniciou, no ano seguinte, o trabalho pastoral na região, onde ajuda muitas pessoas carentes, de acordo com as comunidades.
Em decisão assinada pelo cardeal d. Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo, o religioso foi afastado por ter participado de um casamento comunitário realizado em 22 de outubro no Ginásio de Esportes Carlos Vicente Ferreira, localizado no Jardim Cruzeiro, em Franco da Rocha, na região metropolitana de São Paulo, que também reuniu representantes de outras religiões.
Conforme a Prefeitura de Franco da Rocha, durante a 15ª edição do Casamento Comunitário, organizado pelo município, a iyálorisá Tania ti Oyá, o pastor Sérgio Cunha e o kardecista José Lúcio Arantes também fizeram os seus pronunciamentos. Ao menos três casais gays participaram da cerimônia.
Em nota, a Arquidiocese de São Paulo afirma que não se trata de uma “punição”, mas, sim, de uma medida cautelar, prevista nas normas da Igreja Católica, quando há uma irregularidade grave, do ponto de vista religioso, que precisa ser melhor esclarecida.
Estadão Conteúdo
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