
A Polícia Federal (PF) iniciou na manhã desta terça-feira
(26) a Operação Placebo, sobre suspeitas de desvios na Saúde do
RJ para ações na pandemia de coronavírus. São 12 mandados de
busca e apreensão -- um deles no Palácio Laranjeiras, residência oficial
do governador Wilson Witzel (PSC).
Resumo:
Witzel e sua mulher, Helena, são alvos de mandados de busca e apreensão autorizados pelo STJ;
Governo do RJ não se pronunciou sobre a operação até as 8h30;
Outra operação da PF há duas semanas prendeu cinco pessoas, entre elas o empresário Mário Peixoto, que tem contratos de R$ 129 milhões com o governo do RJ;
Após essa operação, a Lava Jato no Rio enviou citações a Witzel para a Procuradoria-Geral da República.
Às 8h40, agentes saíram do Palácio Laranjeiras com um malote com documentos.
Equipes da PF também foram mobilizadas para a casa onde
Witzel morava antes de ser eleito, no Grajaú, e no escritório de advocacia do
governador, que é ex-juiz federal.
Em contato com o governo do estado, mas, até a última atualização desta reportagem, ainda não havia resposta.
A deputada Carla Zambelli (PSL), aliada de Jair Bolsonaro, disse nesta segunda em uma entrevista à Rádio Gaúcha que a PF "ia investigar irregularidades cometidas por governadores durante a pandemia", mas não citou nomes.
O presidente Bolsonaro tem criticado Witzel -- de quem foi aliado durante a campanha --, a quem chamou de 'estrume' em uma reunião ministerial em 22 de abril, por conta das medidas de isolamento para conter o coronavírus.
Perguntado sobre a operação nesta terça, Bolsonaro respondeu: "Parabéns à Polícia Federal. Fiquei sabendo agora pela mídia. Parabéns à Polícia Federal, tá ok?"
Questionado sobre se Zambelli sabia, emendou: "Pergunta para ela."
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